Autor: Luisao

  • Viscossuplementação guiada por ultrassonografia

    Viscossuplementação guiada por ultrassonografia

    A viscossuplementação é a utilização intra-articular do ácido hialurônico (AH) ou de seus derivados, principalmente em pacientes com osteoartrite (AO). Sua finalidade é melhorar a concentração intra-articular de AH e restaurar a viscoelasticidade do líquido sinovial. Além disto, o AH apresenta também propriedades analgésicas e anti-inflamatórias quando administrado por esta via.

    As infiltrações com AH são realizadas semanalmente, e sua frequência pode variar de uma a 5 aplicações consecutivas: existem propostas terapêuticas de aplicações seriadas e também de uma única aplicação com uma concentração maior do produto. Este tratamento pode ser repetido após um período de 6 meses.

    A duração do efeito benefício da viscossuplementação ainda não está claramente definida, mas existem evidências de melhora da dor e da função por um período de 6 a 12 meses.

    Os melhores candidatos ao procedimento são os pacientes ativos, com osteoartrite sintomática associada a pouca condrólise e pouca sinovite. O procedimento é bem tolerado, e as reações adversas são raras.

  • Infiltrações guiadas por ultrassonografia

    Infiltrações guiadas por ultrassonografia

    As infiltrações desempenham um papel crucial no tratamento da dor e inflamação, consistindo na aplicação de medicamentos diretamente na articulação. Além de aliviar a dor aguda ou crônica, essas infiltrações visam prevenir deformidades e possíveis incapacidades funcionais associadas a doenças.

    Podem ser realizadas em várias partes do corpo, incluindo cotovelos, joelhos, mãos, ombros, pés, punhos e quadril, proporcionando alívio da dor e redução do processo inflamatório. O uso do ultrassom como guia durante esses procedimentos oferece ao médico uma visualização aprimorada da agulha e assegura seu posicionamento preciso, resultando em diagnósticos mais eficazes.

    Todo o processo é conduzido sob anestesia local, garantindo o conforto do paciente durante a infiltração.

    A infiltração guiada por ultrassom é especialmente indicada para condições como osteoartrite, bursopatias, tendinopatias, lesões labrais, artrite reumatoide, lesões musculares, lesões ligamentares e condropatias em geral.

    O procedimento destaca-se por sua capacidade de precisão da injeção, proporcionando uma visualização em tempo real da agulha e da lesão, resultando em uma taxa de acerto da articulação em torno de 90%.

  • Osteossíntese de fraturas da pelve

    Osteossíntese de fraturas da pelve

    A osteossíntese de fraturas da pelve é um procedimento cirúrgico utilizado para corrigir e estabilizar fraturas nos ossos que compõem a pelve. A pelve é uma estrutura óssea formada pelos ossos ilíacos, ísquio e púbis, que se encontram na parte inferior da coluna vertebral e formam a base da coluna pélvica.

    As fraturas na pelve podem ocorrer devido a diversos traumas, como acidentes automobilísticos, quedas de altura ou impactos diretos na região pélvica. Essas fraturas podem variar em extensão e gravidade, exigindo abordagens específicas de tratamento.

    O procedimento de osteossíntese para fraturas da pelve envolve a fixação e estabilização dos fragmentos ósseos para permitir a cicatrização adequada e restaurar a integridade estrutural da pelve.

    A escolha da técnica específica dependerá da natureza da fratura, da localização dos fragmentos ósseos e das condições gerais do paciente. O procedimento é realizado por um cirurgião ortopédico e pode exigir anestesia geral.

    A reabilitação pós-cirúrgica inclui fisioterapia para recuperar gradualmente a mobilidade e a força muscular na região pélvica. O acompanhamento médico regular é fundamental para monitorar a evolução da cicatrização e realizar ajustes no tratamento conforme necessário.

    A osteossíntese de fraturas da pelve tem como objetivo restaurar a estabilidade e a função da pelve, promovendo uma recuperação eficaz e a retomada das atividades normais do paciente.

  • Osteossíntese de fraturas do acetábulo

    Osteossíntese de fraturas do acetábulo

    A osteossíntese de fraturas de acetábulo é um procedimento cirúrgico utilizado para corrigir e estabilizar fraturas do acetábulo, que é a parte do osso da bacia que forma a articulação do quadril, proporcionando uma superfície de encaixe para a cabeça do fêmur.

    As fraturas do acetábulo podem ocorrer devido a traumas, como acidentes automobilísticos, quedas ou lesões esportivas. Essas fraturas podem comprometer a estabilidade da articulação do quadril e afetar negativamente a mobilidade e a função.

    As osteossínteses das fraturas de acetábulo envolvem a fixação e estabilização dos fragmentos ósseos para permitir a cicatrização adequada.

    O procedimento é realizado por um cirurgião ortopédico e frequentemente exige anestesia geral. A escolha da técnica específica dependerá das características da fratura e das condições gerais do paciente.

    A reabilitação pós-cirúrgica é essencial e geralmente inclui fisioterapia para restaurar gradualmente a mobilidade e a força muscular na região do quadril. O acompanhamento médico regular é fundamental para avaliar a progressão da cicatrização e fazer ajustes no tratamento conforme necessário.

  • Osteossíntese de fraturas do fêmur

    Osteossíntese de fraturas do fêmur

    A osteossíntese é um procedimento cirúrgico utilizado para fixar e estabilizar fraturas do fêmur. Essa intervenção é crucial para promover a correta fixação dos fragmentos ósseos e restaurar a integridade estrutural e funcional do fêmur após uma fratura.

    As fraturas do fêmur podem ocorrer em diferentes regiões do osso, como o colo femoral, o corpo ou a região distal.

    A escolha da técnica de osteossíntese depende da localização, do tipo e da gravidade da fratura, bem como das condições específicas de cada paciente.

    A osteossíntese busca não apenas restabelecer a anatomia óssea, mas também permitir uma recuperação funcional adequada. O procedimento é realizado sob anestesia geral ou regional, e a escolha depende das características da fratura e das condições do paciente.

    O pós-operatório envolve um período de reabilitação, frequentemente com fisioterapia, para promover a recuperação da mobilidade e força muscular. O acompanhamento clínico regular é essencial para avaliar a progressão da cicatrização e realizar ajustes no tratamento, se necessário.

  • Descompressão da osteonecrose na cabeça femoral

    Descompressão da osteonecrose na cabeça femoral

    A descompressão da cabeça femoral do quadril é um procedimento cirúrgico indicado para tratar a osteonecrose ou necrose avascular da cabeça do fêmur.

    As causas exatas da necrose óssea na cabeça do fêmur não são totalmente compreendidas, mas diversas teorias sugerem fatores como toxicidade direta (álcool e radiação), traumas no quadril, estase venosa, edema ósseo, o uso de corticoides e outras condições clínicas como anemia falciforme.

    O uso de corticosteróides, mesmo em doses baixas, é considerado um dos fatores de risco mais comuns para a osteonecrose.

    O procedimento de descompressão visa aliviar a pressão na região do osso danificado, reduzindo o desconforto do paciente.

    Realizado de maneira minimamente invasiva, o cirurgião faz pequenas incisões no quadril, introduz um fio-guia até a área necrótica por meio do colo do fêmur e conduz, com auxílio do ultrassom, os instrumentos cirúrgicos até o osso danificado.

    O procedimento é geralmente realizado sob raquianestesia, com duração média de uma hora, permitindo que o paciente receba alta já no dia seguinte.

    A descompressão do quadril visa não apenas aliviar a pressão dentro do osso, melhorando os sintomas de dor, mas também pode retardar a progressão da destruição óssea e a necessidade de uma artroplastia total do quadril.

  • Revisão de Artroplastia do quadril

    Revisão de Artroplastia do quadril

    A revisão da artroplastia do quadril é um procedimento cirúrgico que envolve a substituição de uma prótese previamente implantada. Essa intervenção é necessária quando a prótese anterior sofre desgaste, infecta, perde parte de seus componentes ou se torna instável com deslocamentos frequentes.

    Assim como na artroplastia primária, a prótese de revisão consiste em, pelo menos, dois componentes: o fêmur (osso da coxa) e o acetábulo (osso da bacia). Em situações em que a estrutura óssea que abriga a prótese primária também apresenta desgaste, outros

    componentes protéticos ou enxertos ósseos podem ser necessários para restaurar a anatomia local.

    Indicações para a revisão da prótese de quadril:

    – Soltura Asséptica: Principalmente causada por partículas soltas da superfície articular da prótese, criando um espaço chamado de osteólise, indicativo de soltura.
    – Infecções: Presença de microrganismos, usualmente bactérias, resultando em sinais de infecção. Nesse caso a cirurgia se torna necessária para limpeza, troca ou remoção da prótese.
    – Luxação: Deslocamento da prótese do posicionamento normal, exigindo cirurgia para reposicionamento ou substituição da prótese.
    – Reação de Partes Moles: Partículas soltas podem desencadear inflamação ao redor da prótese, formando pseudotumores. Nesse caso, a cirurgia se torna necessária para remover ou substituir os componentes desgastados.
    – Fraturas: Fraturas do fêmur próximas à área de implantação da prótese, geralmente devido a quedas, podem requerer fixação ou, em alguns casos, troca da prótese.

  • Osteocondroplastias

    Osteocondroplastias

    As osteocondroplastias são procedimentos indicados para o tratamento das lesões de cartilagem. A técnica consiste na perfuração de pequenos canais nos ossos, que estimulam a reparação dos tecidos no local.

    O pós-cirúrgico é crucial para o resultado do procedimento, sendo necessário proteger o local e reduzir ao máximo a carga com uso de muletas ou utilização de imobilizadores.

  • Artroplastia Total do Quadril

    Artroplastia Total do Quadril

    Artroplastia total de quadril é um dos procedimentos de maior satisfação do paciente na historia da medicina moderna. É utilizada para tratamento de coxartrose  (degeneração da articulação coxo – femoral) e também fraturas de colo do fêmur.

    O resultado e a durabilidade da artroplastia esta diretamente ligada a qualidade dos materiais utilizados e experiência do cirurgião. Esses componentes são divididos em parte acetabular e parte femoral.  Na parte acetabular tempos a cúpula acetabular, o parafuso acetabular e o liner acetabular. Na parte femoral temos a haste femoral e cabeça femoral.

    Para artroplastia total do quadril praticamente não utilizamos mais próteses monoblocos ou próteses parciais. Utilizamos hoje as próteses modulares que são mais conhecidas como prótese total de quadril.  Essas podem ser cimentadas ou não cimentas. Podem ser totalmente cimentadas, quando tanto o compontes acertabular e femoral são cimentados ou parte cimentada e outra não cimentada. Quando o acetábulo é cimentado e o fêmur não, chamamos de hibrida. Quando o acetábulo é cimentado e o fêmur não chamamos de hibrida reversa.

    Os componentes acetabulares temos a cúpula não cimentadas e cimentadas. As não cimentadas  geralmente é constituída de uma liga metálica com sua superfície que faz contato com o osso sendo revestida de hidroxiapatita na maioria das vezes. Existem também cúpulas revestidas de metal trabeculado como o tântalo. Todas as cúpulas não cimentadas tem sua fixação na pelve por pressão, do inglês o termo utilizado é o pressfit. O parafuso acetabular pode ou não ser utilizado pois não mudam o resultado. No caso de acetábulos cimentados não utilizamos parafuso pois é utilizado cimento ortopédico.  A literatura é clara em dizer que os acetábulos não cimentados tem maior durabilidade que os cimentados. Esses últimos são reservados para pacientes osteoporóticos.

    Quando discutimos o liner, aquela peça que fica entre a cabeça da prótese e a cúpula acetabular utilizamos liners de polietileno e cerâmica. Os de polietileno possuem varias gerações, sendo os de ultima geração os mais duráveis. Comparando os de cerâmica e polietileno crosslinked de ultima geração a durabilidade é a mesma. Tendo vantagens e desvantagens para cada um dos lados.

    As cabeças da prótese possuímos as de metal e de cerâmica. As cabeças de metal são reservadas para pacientes mais idosos com baixa demanda. As de cerâmica sendo mais duráveis são usadas para pacientes mais jovens de alta demanda.

    Atualmente temos hastes femorais cimentadas e não cimentas. As cimentas utilizamos cimento na interface entre o osso e a prótese. As não cimentadas a técnica também é a pressão ou pressfit, não há qualquer substancia entre o osso e a prótese, a prótese fica apoiada no próprio osso por pressão. Nesta ultima há também um interdigitação do osso para a prótese. A literatura diz que não há diferença de durabilidade entre o fêmur não cimentado e cimentado.

    É importante lembrar que a qualidade da prótese influencia diretamente na sua durabilidade. O paciente saber qual as marcas dos componentes utilizados. Exija sua carteirinha da sociedade brasileira do quadril que especifica a marca da prótese utilizadas. Misturas entre marchas e qualidades de próteses não devem ser utilizadas a não ser em casos especiais.

  • Artroscopia do quadril

    Artroscopia do quadril

    A artroscopia do quadril é um procedimento cirúrgico realizado com o auxílio de câmera e instrumentos pouco invasivos. A cirurgia envolve 2 ou 3 pequenos orifícios na pele, proporcionando uma abordagem menos invasiva do que as cirurgias abertas, que requerem cortes maiores, dissecção de músculos e tendões, e abertura da cápsula articular.

    A artroscopia de quadril é indicada para tratar patologias tanto intra-articulares (dentro da articulação) quanto extra-articulares (fora ou ao redor da articulação). Algumas das indicações comuns incluem:

    – Impacto Femoro-Acetabular (IFA): Um impacto anormal entre o acetábulo (Pincer) e a cabeça femoral (Cam), podendo levar a lesões no labrum, cartilagem articular e formação de cistos subcondrais.
    – Displasia: Uma má formação congênita que coloca mais estresse sobre o labrum, tornando-o mais propenso a rasgar.
    – Síndromes do Ressalto do Quadril (Fascia Lata): Fricção entre o tendão da fascia lata e o trocanter maior, podendo causar dor crônica e instabilidade no quadril.
    – Sinovite ou Sinovite Vilodunocular: Inflamação do tecido interno da cápsula com aumento de substâncias inflamatórias, causando dor, formação de corpos livres e lesões na cartilagem articular.
    – Corpos Livres: Fragmentos de osso ou cartilagem soltos na articulação, originados de fraturas ou sinovite vilodunocular.
    – Infecção do Quadril ou Artrite Séptica: Inflamação infecciosa da articulação que requer tratamento emergencial.
    – Tendinites e Bursites: Processos inflamatórios dos tendões e bolsas periarticulares, em alguns casos necessitando de tratamento cirúrgico.

  • Osteoporose

    Osteoporose

    A Osteoporose é caracterizada pela perda de massa óssea, resultando no enfraquecimento dos ossos e tornando-os mais propensos a fraturas.

    A condição em si não manifesta sintomas como dor ou restrição de mobilidade. Portanto, indivíduos com predisposição genética ou fatores de risco para a doença devem realizar um acompanhamento próximo com um médico especialista.

    O diagnóstico da Osteoporose é estabelecido por meio do exame de densitometria óssea, que avalia a densidade dos ossos.

    Como é o tratamento?

    O tratamento da Osteoporose é abordado de maneira multidisciplinar, envolvendo mudanças de hábitos, suplementação de nutrientes e o uso de medicações orais e injetáveis específicas. A colaboração entre um endocrinologista, nutricionista e ortopedista é essencial para manter a doença sob controle.

    Em casos de lesões decorrentes da osteoporose, o ortopedista pode recomendar o tratamento mais adequado, seja ele conservador ou cirúrgico, dependendo da gravidade da situação. Essa abordagem integrada visa melhorar a qualidade de vida do paciente e prevenir complicações associadas à fragilidade óssea.

  • Fraturas da pelve

    Fraturas da pelve

    A fratura pélvica afeta os ossos do quadril, sacro e cóccix, formando o anel pélvico. Pode ou não envolver a ruptura desse anel, indicando a fratura de pelo menos dois locais.

    Geralmente, essas lesões ocorrem após traumas de alto impacto, fraturas acetabulares (quando a cabeça do fêmur é pressionada contra o acetábulo) ou devido à osteoporose, especialmente em pacientes idosos. As fraturas pélvicas resultam em intensa dor na região da virilha, mesmo em repouso, e essa dor aumenta consideravelmente ao caminhar. Além do desconforto, alguns pacientes podem apresentar inchaço e hematomas.

    Sinais como sangue na urina, dificuldade ou incapacidade de urinar, incontinência urinária ou sangramento retal ou vaginal indicam possíveis lesões em outras estruturas, enfatizando a importância de um diagnóstico rápido e preciso para fraturas pélvicas.

    Como é o tratamento?

    Nas fraturas pélvicas estáveis, em que o paciente pode andar sem ajuda, podem não ser necessárias cirurgias. Nestes casos, o controle da dor é alcançado por meio de medicamentos específicos.

    Nas fraturas instáveis, a cirurgia é mandatória. Existem diferentes técnicas disponíveis, como a fixação de pinos externos ou a utilização de placas e parafusos. A escolha da técnica mais adequada depende do tipo de fratura e da gravidade da lesão, sendo determinada após uma avaliação médica detalhada.

  • Fraturas do acetábulo

    Fraturas do acetábulo

    As fraturas do fêmur, especialmente na região do quadril, são comuns em pacientes idosos e frequentemente resultam de quedas simples no ambiente domiciliar. Em contraste, em pacientes mais jovens, essas fraturas são menos comuns e geralmente decorrem de traumas de alto impacto, como acidentes automobilísticos ou quedas de altura.

    Sinais de alerta para lesões no fêmur incluem dor intensa e súbita no quadril ou coxa, deformidades na perna afetada e dificuldade para andar ou levantar-se. Existem vários tipos de fraturas femorais, afetando diferentes partes do osso, sendo crucial um diagnóstico preciso e precoce para uma intervenção adequada.

    Como é o tratamento?

    A abordagem cirúrgica imediata após o trauma (preferencialmente dentro de 2 dias) é a melhor maneira de tratar a disfunção. A cirurgia é geralmente indicada, exceto para pacientes com doenças cardiovasculares, pulmonares ou neurológicas muito avançadas.

    Em pacientes idosos, a colocação de prótese de quadril (total ou parcial) é frequentemente recomendada. Por outro lado, em pacientes mais jovens, o uso de placas e parafusos para fixação dos tecidos é preferido. Em alguns casos, tipos específicos de fraturas femorais podem exigir fixação com hastes metálicas intraósseas, sejam curtas ou longas, destacando a importância do diagnóstico preciso do tipo de lesão antes da cirurgia.

  • Fraturas do Fêmur no Idoso e Adulto Jovem

    Fraturas do Fêmur no Idoso e Adulto Jovem

    As fraturas do fêmur, principalmente na região do quadril, são muito comuns em pacientes idosos e geralmente ocorrem após quedas simples no ambiente domiciliar.

    Em pacientes jovens, as fraturas femorais são menos comuns e quando acontecem são decorrentes de traumas com alto impacto, como acidentes automobilísticos ou quedas de altura.

    Entre os sinais de alerta para alguma lesão no fêmur, podemos destacar a dor intensa e súbita no quadril ou na coxa, deformidades na perna afetada e a dificuldade de andar ou se levantar.

    Existem vários tipos de fraturas no fêmur, em diferentes partes do osso. O diagnóstico preciso e precoce é fundamental para intervir corretamente.

    Como é o tratamento?

    O procedimento cirúrgico logo após o trauma (no máximo 2 dias depois) é a melhor forma de tratar a disfunção. Apenas pacientes com doenças cardiovasculares, pulmonares ou neurológicas muito avançadas não são candidatos a passar por cirurgia.

    Em pacientes idosos, na maioria dos casos é indicado a colocação de prótese de quadril (total ou parcial). Já em pacientes jovens, damos preferência para o uso de placas e parafusos para fixação dos tecidos.

    Alguns tipos de fraturas femorais podem precisar da fixação com hastes metálicas intra-ósseas curta ou longa. Por isso, o diagnóstico do tipo de lesão é essencial antes da cirurgia.

  • Osteonecrose da Cabeça do Fêmur

    Osteonecrose da Cabeça do Fêmur

    A osteonecrose da cabeça do fêmur é uma das causas de artrose no quadril das mais comuns. Acontecem em indivíduos jovens e possuem varias causas. Trauma, alcoolismo, diabetes, uso crônico de corticoide, doenças reumáticas, distúrbios da coagulação, drepanocitose são algumas causas da doença.

    A patologia se apresenta com dor aguda na região inguinal e pode causar incapacidade de deambular. Os pacientes muitas vezes tem dor na região glútea posterior o que dificulta o diagnostico confundindo o doente e colegas que acreditam que o problema é na coluna. A doença também pode causar dores na região medial do joelho.

    O diagnostico é confirmado através de Ressonância Nuclear Magnética; padrão ouro para a doença.

    O tratamento quando ocorre o diagnostico precoce pode ser feito através de uma cirurgia mais simples. Utilizamos a descompressão cirúrgica da área necrótica com enxerto ósseo. Após essa cirurgia o paciente não pode pisar com o membro operado por 6 semanas. Os resultados são variados e mesmo com esse tratamento as vezes evoluem mal.

    Quando há o diagnostico tardio da doença, já com artrose estabelecida na articulação, o único tratamento indicado, quando o paciente sofre com dores importantes, é a artroplastia total de quadril. A artroplastia total do quadril é um dos procedimentos na medicina moderna que proporciona maior satisfação para o paciente. Este procedimento resolve com muito sucesso a patologia do paciente.

    Se você apresenta dor inguinal procure um especialista para avaliação.

     

  • Síndrome do Piriforme

    Síndrome do Piriforme

    A Síndrome do Piriforme é uma condição inflamatória que afeta o músculo piriforme, localizado no quadril e responsável pela estabilização da pelve e movimentos de rotação da coxa.

    Nesta síndrome, o nervo ciático pode ser comprimido devido à contração excessiva do músculo, resultando em dor intensa no quadril e nas nádegas.

    Além das características anatômicas individuais, fatores como o excesso de exercícios ou de peso na região glútea podem agravar o problema, sendo mais comum entre atletas, especialmente ciclistas e corredores.

    Os sintomas incluem dor nas nádegas, coxas e região lombar, acompanhada por sensação de formigamento e fraqueza ao realizar movimentos de rotação, como cruzar as pernas.

    Como é o tratamento?

    O tratamento da Síndrome do Piriforme envolve diversas abordagens:

    – Medicamentos: Utilização de analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares para controlar a dor e os sintomas.
    – Fisioterapia: A fisioterapia, com supervisão médica regular, desempenha um papel crucial na melhoria da mobilidade local.
    – Infiltrações: Aplicação de medicamentos diretamente no ponto da dor, podendo ser associada a terapias secundárias como acupuntura e massoterapia.
    – Toxina Botulínica:Uma abordagem moderna que envolve a aplicação de toxina botulínica para imobilizar o músculo piriforme, reduzindo o atrito com o nervo ciático.
    – Opção Cirúrgica: Indicada em casos mais graves, quando as opções conservadoras não proporcionam melhora significativa.

    A escolha do tratamento dependerá da gravidade do quadro e das características específicas de cada paciente, sendo essencial a avaliação médica para determinar a abordagem mais adequada.

  • Tendinite Glútea

    Tendinite Glútea

    Tendinite glútea é a patologia mais comum em consultórios dos especialistas em quadril. Os médicos costumam chama-la de bursite trocantérica mas na grande maioria das vezes a bursa não é acometida e sim os tendões dos glúteos. Acometem mais comumente mulheres após os 40 anos de idade.

    Os pacientes queixam de dor na região lateral do quadril e podem irradiar para a coxa, as vezes tem dificuldade de ficar muito tempo em pe ou muito tempo assentada. Alguns pacientes tem muita dor na lateral da coxa e dificuldade para dormir. Pode acontecer dores nas lateral do joelho associado a doença.

    O tratamento é baseado em medicamentos, infiltração com medicações diversas e fisioterapia. Alguns pacientes são beneficiados com terapia de onda de choque. Quando ocorre a falha do tratamento conservador indicamos cirurgia. Mas muito poucas vezes indicamos cirurgia pois na grande maioria melhoram com o tratamento não operatório.

  • Síndrome do Impacto Fêmoro Acetabular

    Síndrome do Impacto Fêmoro Acetabular

    A Síndrome do Impacto Fêmoro Acetabular é causada pelo contato do colo do fêmur com a borda do acetábulo (cavidade recebe a cabeça do fêmur), esse conta acontece com a flexão da coxa em amplitudes maiores. Acomete pacientes adultos jovens (20 a 50 anos).

    Os pacientes apresentam, em estágios iniciais da doença, dores na virilha geralmente após atividades físicas. Podem sentir também dores na região dos glúteos. Num estagio mais avançado as dores se tornam continuas e incapacitam o doente a para atividades de impacto repetidos, exemplo: corrida, saltos e as vezes até em caminhadas.

    O diagnostico é confirmado através de Radiografias com incidências especiais e Ressonância Nuclear Magnética.

    O tratamento inicial é fisioterápico, medições anti-inflamatórias e analgesia. Mudança de atividades que provoquem o impacto devem ser estimuladas. O objetivo do tratamento conservador é conseguir aumentar a anteversão acetabular fortalecendo alguns grupos musculares e alongando outros grupos.

    Na presença de lesão cartilaginosa podemos indicar infiltração com acido hialurônico e tentar preservar a articulação.

    O grande problema da síndrome do impacto fêmoro acetabular, é que a longo prazo, pode levar a articulação coxo femoral a degeneração completa; coxartrose. Devido a esse risco deve-se identificar precocemente a doença para evitar o risco de evolução para artrose.

    As cirurgias são indicadas na falha do tratamento conservador. A cirurgia mais indicada é a Artroscopia do Quadril onde podemos raspar os excessos ósseos causados pela doença. Podemos tratar também através de artroscopia lesões cartilaginosas. Esse procedimento é chamado de cirurgia preservadora do quadril por poder evitar a progressão da doença para coxartrose.

    Se você apresenta dores no quadril procure seu especialista o mais rápido possível. Uma avaliação de um profissional especializado pode evitar problemas graves.